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Polícia investiga médico suspeito de cometer abusos sexuais em Alfenas

Ela e outras quatro pacientes que denunciaram o médico de 56 anos. Segundo a Polícia Civil, três denunciaram no inquérito de 2021 e duas nesse ano

Polícia investiga médico suspeito de cometer abusos sexuais em Alfenas
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Nesta segunda-feira (15/8), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu mandado de busca e apreensão na residência e no consultório de um médico, de 56 anos, investigado pelo crime de violação sexual mediante fraude, no município de Alfenas, no Sul de Minas.

Uma das cinco mulheres que denunciaram o médico que é investigado, revelou detalhes de como foi a consulta com o profissional. A mulher relatou que o abuso denunciado por ela aconteceu no consultório do cirurgião plástico.

"Coloquei o jaleco que ele me propôs, tirei as minhas roupas e nesse momento houve toques e, assim, insinuações, das minhas partes íntimas. Que não foram toques profissionais”, falou a mulher, que preferiu não se identificar.

 

Ela destacou que quando a situação ocorreu, não havia entendido a gravidade do que aconteceu durante a consulta.

 

“Naquele momento a ficha não tinha caído, né? No momento em que eu estava lá presente, eu estava incomodada com a situação, foi muito difícil. Só depois que eu cheguei em casa que eu fui pensar a respeito de tudo que aconteceu lá, que eu entendi a gravidade dos fatos", disse.

 

"O toque que ele fez em mim eu acho que poderia ser até como estupro, porque teve um toque físico, né? Mas é uma coisa que eu não desejo para ninguém para nenhuma mulher e é uma coisa muito muito triste passar por uma situação dessa", completou.

O caso do médico se tornou público após a Polícia Civil cumprir mandados de busca e apreensão na residência e no consultório dele. Ele, identificado como Hudson Almeida, é investigado pelo crime de violação sexual mediante fraude.

“Diferente do crime de estupro, que é cometido mediante violência ou grave ameaça, em que a pessoa é submetida àquele ato sexual não consentido de forma violenta e ameaçadora. A violação sexual mediante fraude, o agente induz a vítima à prática daquela ato de forma enganosa, ela engana ela como se aquilo fosse um procedimento que ele tivesse que fazer com ela, ai ela pratica o crime”, explicou a delegada Rafaela Franco.

Segundo a Polícia Civil, cinco vítimas fizeram denúncias contra o médico, sendo três neste inquérito de 2021 e duas na investigação iniciada neste ano.

As investigações tiveram início após a vítima denunciar o suspeito na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Outras denúncias já haviam sido recebidas anteriormente pela PCMG relatando casos semelhantes, resultando no indiciamento do médico em 2021 por três crimes semelhantes ao que está sob apuração neste ano.
 
“Todas elas eram pacientes dele. Então, os crimes que as vítimas denunciaram aconteceram durante o atendimento médico. Ele já foi investigado pelo ano de 2021 pela prática de outros três fatos, outras três vítimas nos procuraram. O inquérito já foi concluído, já foi remetido à Justiça e ele responde judicialmente por estes crimes. Também eram pacientes dele”, salientou a delegada.
 
 
“Espero que ele seja preso, que ele seja julgado, que ele perca o CRM, que ele não faça mais o que ele fez comigo com outras mulheres", comentou uma das mulheres que denunciou o médico.

A polícia pediu a prisão preventiva do médico, mas a justiça não concedeu o pedido. Ele responde em liberdade, mas foi desligado do Hospital Alzira Velano, de Alfenas, onde também trabalhava.

A polícia solicita que eventuais vítimas acionem a polícia para denunciar, sendo garantido o sigilo absoluto das informações. A denúncia pode ser feita pelo Disque 181, de forma sigilosa, ou pessoalmente na Deam de Alfenas.

A defesa de Hudson de Almeida afirmou que só vai se manifestar depois da conclusão do inquérito policial.

Durante as buscas, foram apreendidos aparelhos eletrônicos que serão periciados para reunião de novos elementos de autoria e materialidade delitiva, que vão ajudar a PCMG a elucidar os fatos.
A polícia acredita que podem existir mais casos. A delegada titular da Deam em Alfenas, Rafaela Santos Franco, faz um apelo para que eventuais vítimas que ainda não tenham se manifestado procurem a Polícia Civil imediatamente e denunciem.
“O sigilo absoluto é garantido, e só assim haverá a apuração devida e também prevenção a novas violações sexuais pelo suspeito”, alertou.
 
A denúncia pode ser feita pelo Disque 181, de forma sigilosa, ou pessoalmente na Deam em Alfenas.
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