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Jovem invade jaula e é morto por leoa em zoológico.

Familiares e conselheira relatam histórico de vulnerabilidade e problemas de saúde mental da vítima.

Jovem invade jaula e é morto por leoa em zoológico.
Material cedido ao Correio
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Um jovem de 19 anos morreu no fim de novembro após invadir a jaula de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, conhecido como Bica, em João Pessoa (PB). Segundo a administração do parque, ele escalou estruturas de mais de seis metros de altura, ultrapassando muros e grades de proteção até alcançar o recinto. No momento da invasão, o zoológico estava aberto e recebia visitantes.

A ação foi tão rápida que a equipe de segurança não conseguiu intervir antes que o jovem entrasse na área restrita. Ao perceber o intruso, a leoa reagiu de forma instintiva, resultando no ataque que levou à morte imediata da vítima.

A Polícia Civil da Paraíba trabalha com a possibilidade de que o ato tenha sido intencional, já que a invasão exigiu superar várias barreiras estruturais. A perícia analisa vídeos e depoimentos de testemunhas para entender a motivação do jovem.

Identificado como “Vaqueirinho”, o rapaz era acompanhado pelo Conselho Tutelar desde a infância e tinha histórico de extrema vulnerabilidade social. Ele passou por diversas instituições de acolhimento ao longo da vida, enquanto seus irmãos foram adotados. Também havia sido internado anteriormente para tratamento psiquiátrico e tinha diagnóstico de transtornos mentais. Segundo a conselheira tutelar que acompanhou o caso por anos, ele apresentava comportamento frágil e uma compreensão muito inferior à sua idade cronológica.

A conselheira relatou ainda que o jovem nutria um sonho simbólico de trabalhar com animais e chegou a dizer que queria “domar leões na África”. Para ela, a morte representa uma “dor enorme”, não apenas pela tragédia, mas também pelo histórico de negligências e pela falta de suporte adequado ao longo da vida do rapaz.

Após o ataque, o zoológico foi temporariamente fechado para remoção do corpo, inspeção das equipes de segurança e avaliação das condições do recinto. A administração afirmou que todas as normas técnicas de proteção estavam sendo seguidas e que não havia como prever ou impedir uma invasão tão repentina e deliberada.

A leoa não sofreu ferimentos e não será sacrificada. A equipe veterinária informou que ela apenas reagiu de acordo com seu instinto de defesa ao ter seu espaço abruptamente invadido. O animal foi mantido em observação por protocolo, mas não precisou de sedação ou isolamento permanente.

A tragédia reacendeu discussões sobre saúde mental, vulnerabilidade social e segurança em espaços públicos. Para familiares e profissionais que acompanhavam o jovem, sua morte evidencia falhas estruturais na rede de proteção destinada a pessoas em sofrimento psíquico e em situação de risco extremo.

 

FONTE/CRÉDITOS: Estado de Minas / CNN Brasil / Correio 24 Horas / GC Mais / TV Cabo Branco
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