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Biografia de Marília Mendonça lançado dia 22, data do aniversário da cantora.

Como forma de homenagem à artista que mudou a história da música sertaneja.

Biografia de Marília Mendonça lançado dia 22, data do aniversário da cantora.
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   Dia 22 de julho, a cantora e compositora Marília Mendonça, que morreu no ano passado, vítima de um acidente aéreo, faria 27 anos. Nessa data, como forma de homenagem à artista que mudou a história da música sertaneja, o jornalista Bruno Ribeiro fará o lançamento do livro “Marília Mendonça, a Rainha da Sofrência: Biografia e Crítica”, pela editora Clube de Autores.

   É o primeiro grande perfil biográfico da cantora goiana e da primeira abordagem de sua obra dentro da perspectiva da crítica musical.

    Em suas 270 páginas, o livro narra a transformação da compositora anônima – que muito jovem compunha sob encomenda para algumas das duplas sertanejas mais famosas do país – na cantora mais popular do Brasil e na voz feminina mais tocada nas plataformas de streaming, como o Spotify.

Os números são impressionantes. Em pouco mais de cinco anos de carreira, Marília deixou para trás, em números de seguidores e ouvintes, grandes astros da música pop, como Michael Jackson, Beyoncé e The Beatles. Nada mal para quem, dez anos antes, começava a cantar na igreja do bairro, depois de vencer a timidez de soltar a voz em público.

   O ponto de partida da saga de Marília Mendonça é o dia 5 de novembro de 2021, data do acidente fatal que interrompeu a carreira da artista em seu ápice. Com riqueza de detalhes, levantados após minuciosa pesquisa, o autor descreve os momentos finais da artista para depois reconstituir sua breve e intensa trajetória – do nascimento na pequena Cristianópolis, cidade com pouco mais de 2 mil habitantes cravada no interior de Goiás, à consagração do reconhecimento internacional, com shows lotados em Nova York e Paris.

   Conhecida como “Rainha da Sofrência”, Marília Dias Mendonça foi, nas palavras do autor, uma “artista revolucionária dentro de seu segmento”, por conseguir o que parecia impossível: suplantar os temas machistas da música sertaneja, um gênero musical predominantemente masculino. Ela também abriu espaço no mercado para muitas outras cantoras e duplas formadas por mulheres, criando assim o “feminejo”, movimento marcado pelo boom de canções sobre amor-próprio, sororidade e empatia feminina.

   Bruno Ribeiro trabalhou como repórter e crítico de música no jornal Correio Popular, de Campinas, entre 2001 e 2011. Nesses dez anos escreveu basicamente sobre samba e MPB. Porém, como ele próprio diz no prefácio do livro, sempre gostou de contar boas histórias – e Marília Mendonça lhe chamava a atenção enquanto personagem.

“Eu sabia que ela era conhecida por suas opiniões contundentes, sua vocação para a polêmica e suas canções de ‘sofrência’, mas não conhecia a pessoa por trás da obra”, diz Bruno.

   Ao receber a notícia da morte da cantora, Ribeiro diz ter se sentido “abalado de uma forma estranha”. Ele se lembrou da primeira e única conversa que teve com Marília, em 2016, na ocasião do lançamento de seu primeiro álbum de carreira, e resgatou as anotações.

“A ideia inicial era escrever um texto curto, para as redes sociais, em
sua memória e lembrando de nosso único encontro. Porém, conforme avançava na minha pesquisa, uma personagem fascinante ia se revelando aos meus olhos e eu não pude parar de escrever sobre ela. Quando percebi, estava dando corpo a um livro e segui adiante”, fala o jornalista.

   Para contar a história de Marília Mendonça, Bruno Ribeiro consultou centenas de reportagens, artigos, entrevistas e vídeos sobre a cantora publicados na imprensa e nas redes sociais ao longo dos últimos dez anos. “O grande desafio foi agrupar as informações e encaixá-las de modo coerente, buscando dar a elas unidade e sentido, como
as peças de um quebra-cabeça”. O resultado, nas palavras da jornalista Carlota Cafiero, que assina o texto da orelha do livro, é “um mosaico impressionista cheio de cor e luz”.

Para contar a história de Marília Mendonça, Ribeiro cria tramas paralelas, para mostrar como o caminho da cantora se cruzou com o de personagens fundamentais em sua trajetória, como o empresário Wander Oliveira, seu grande parceiro Juliano Tchula, as amigas Maiara e Maraísa, o arranjador Eduardo Pepato, dentre outros.

   O leitor terá acesso ainda a história de algumas letras assinadas pela compositora, como “De Quem é a Culpa”, “Minha Herança”, “Infiel” e outros sucessos de sua carreira. Ainda conforme o autor, não se trata de uma biografia simplesmente, mas de uma “tentativa inédita de avaliar a importância da artista a partir do ponto de vista da crítica musical”.

   Por isso, segundo ele, “seria mais correto classificar o livro como uma ‘biografia crítica’, pois ele vai além de contar uma simples história ao localizar a personagem dentro do atual contexto sociopolítico do país e dar a elas uma interpretação e um significado”.

   Além de contar a história de Marília Mendonça, destacando passagens de sua infância e adolescência pouco conhecidas – e tocando em assuntos nunca abordados, como o seu amor pelos livros –, Bruno Ribeiro agrega ao livro uma seleção de vinte letras comentadas, dando assim uma visão geral acerca da obra da compositora, e uma lista com todas as canções compostas e gravadas por ela – mais de 300, segundo o Ecad.

   O livro “Marília Mendonça, a Rainha da Sofrência – Biografia e Crítica” já está disponível para venda e pode ser adquirido diretamente no site da editora . Após o lançamento, estará disponível também na Amazon. Por enquanto só é possível adquirir a versão física da obra, que custa R$ 45,00.

 

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